Família Teixeira
Assim como outras famílias que tiveram seus nomes originados de árvores e plantas, os Teixeira teriam surgido em um lugar onde há muitos espécimes da árvore Taxus Baccata, popularmente conhecida como teixo. Além disso, a família é bem antiga, havendo registros documentais com o sobrenome Teixeira desde o século XII.
É interessante registrar que esta árvore, apesar de comum tanto na área central quanto ocidental da Europa, também é encontrada no norte da África e Oriente Médio. Quanto a Portugal, o teixo é comum nas áreas mais elevadas, no norte do país. Além do veneno de suas folhas, eram comuns na fabricação de bestas e arcos e flechas durante a Idade Média.
Os primeiros Teixeiras
Segundo pesquisadores, o sobrenome foi inicialmente utilizado durante o século XII pelo Senhor de Teixeira e Gestaçô, D. Hermígio Mendes de Teixeira, que foi casado com D. Maria Pais, filha de D. Paio de Novais. Os descendentes mantiveram Teixeira como sobrenome até os dias atuais.
Alguns séculos mais tarde, D. João VI, rei de Portugal e pai de D. Pedro I do Brasil, assinou uma Carta Régia, em 16 de março de 1818, onde criou o título de Barões de Teixeira, a favor do grande comerciante e capitalista português Henrique Teixeira de Sampaio, 1.º Senhor de Sampaio, 1.º Conde da Póvoa, e então Primeiro Barão de Teixeira.
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No Brasil
Os primeiros membros da família Teixeira teriam chegado ao Brasil no final do século XVIII em locais diferentes. Na região das Minas Gerais, o destaque vai para o capitão João Teixeira Marinho, o segundo com este nome, que segundo o volume 11 da Genealogia Paulistana, de Marta Amado, nasceu em Santo André de Tolões, comarca de Bastos, Portugal. João Teixeira Marinho casou-se em 31 de agosto de 1761 em São João Del Rei, Minas Gerais, com Inácia Maria de São José (Inácia Ribeiro do Valle), filha de Antonio do Valle Ribeiro e Rosa Maria de Jesus. Este seria um ramo da família Ribeiro do Vale, que descende do judeu sefardita Antonio Bicudo Carneiro.
Outro ramo importante originou-se das famílias Góis e Mello, que acabaram se unificando em Recife, em Pernambuco. Membros deste ramo dos Teixeira partiu depois para o interior do Ceará, onde se instalaram em Mombaça, cidade do sertão central, onde teve destaque na política e na economia, gerando considerável descendência, originando ramos, através de casamentos, com destaque para os Benevides e os Castelo.
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No Nordeste, merece menção ainda o ramo dos Teixeira originado pelo Alferes Antonio Teixeira de Melo, que obteve do governo da Paraíba, em 1755, data de terra a quatro léguas de distância do Sítio Olho d’Água dos Canudos. Obteve tamanho destaque na região que a serra da Borborema passou a ser conhecida como Serra do Teixeira, conforme relatam Fábio Lafaiete Dantas e Maria Leda de Resende Dantas em sua obra, Uma Família na Serra do Teixeira: elenco e fatos. Mais tarde, o Sítio Olho d’Água tornou-se a cidade de Teixeira. Estes Teixeira do Nordeste, por casamento, teriam como ascendente o judeu sefardita Junca Montesinho.
Importante lembrar: Os sobrenomes são indícios, mas não determinam se você é ou não descendente de judeus sefarditas. Para comprovar esse vínculo, é realmente necessário um estudo genealógico.
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