Homônimos: como superar este desafio da genealogia

Apesar das facilidades que os acervos disponibilizados para consulta na internet proporcionaram aqueles que estão em pesquisas genealógicas, sejam profissionais ou não, antigos desafios persistem. Dentre eles, está as ciladas dos homônimos.
Segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (DPLP), homônimo “é uma palavra com sentido diferente, se escreve e pronuncia do mesmo modo que outra… Que ou quem tem o mesmo nome que outrem ou que outra coisa.”
Para lidar com esse desafio, a genealogia exige cautela quanto a datas e nomes e que se tenha conhecimento sobre o contexto histórico na qual as pessoas pesquisadas viveram. No caso, por exemplo, do período colonial e imperial brasileiro, era comum a mudança de nomes e sobrenomes, bem como encontrarmos vários membros de uma mesma família, ou mesmo pessoas sem vínculos familiares, ostentando nomes idênticos.
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Algumas pesquisas genealógicas acabam contendo erros exatamente por listarem uma pessoa em substituição a outra por se tratar de um homônimo. Em outros casos, os homônimos eram usados para adulterar genealogias familiares inteiras com a finalidade de obtenção de títulos militares no período colonial, como Evaldo Cabral de Melo aponta em sua obra clássica, O Nome e o Sangue.
Segundo o autor, para esconder antepassados cristãos-novos, as ricas famílias da colônia promoviam todo tipo de estratégia de apagamento de seus ancestrais, como o caso de Felipe Pais Barreto. O Capitão-Mor e senhor de engenho justificou, em seu processo para o ingresso na Ordem de Cristo, como uma confusão de homônimos o fato de um antepassado seu ser apontado como cristão-novo, um impeditivo para que conquistasse a comenda.
Para resolver essa confusão com os nomes, o pesquisador ou pesquisadora deve cruzar diversas informações, como checar os demais familiares que viveram no mesmo período, datas e locais, nunca se fiando categoricamente em apenas algumas destas informações, sendo preferível pecar pelo excesso de precaução.
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Seis dicas para quando houver indícios de homônimos:
1. Datas e locais de nascimento e óbito dos homônimos;
2. Cônjuges dos homônimos;
3. Pais e irmãos dos homônimos;
4. Filhos dos homônimos;
5. Checar se as datas têm lógica. Por exemplo, se o nascimento da pessoa pesquisada tiver se dado muitos anos depois daqueles que foram atribuídos como seus pais, o que pode apontar como sendo, na verdade, um neto ou um homônimo sem vínculos com aquela família;
6. Comparar, se possível, diversas fontes, como assentos de batismo, casamento e óbito.
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