em 29 de maio de 2020

Família Proença Coelho

em 29 de maio de 2020

Família Proença Coelho

O tronco da família Proença Coelho originou-se no Brasil, a partir do casamento do português Francisco Vaz Coelho e da brasileira Isabel de Almeida de Proença, cuja descendência espraiou-se por todo o sudeste e sul do Brasil.

Origem dos sobrenomes

O sobrenome Coelho tem origem portuguesa e seu registro mais antigo data do século XIII, quando entre os súditos do rei D. Sancho II vivia D. Soeiro Viegas Coelho, bisneto de D. Egas Moniz (aio de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal). Segundo alguns historiadores, o sobrenome já era usado pelo avô materno de D. Soeiro, João Vasques, mas não há registros documentais que comprovem o fato. O que se afirma é que João Vasques foi o senhor da quinta da Coelha, que ficava às margens do rio Douro, no norte de Portugal, de onde teria surgido o apelido coelho e, posteriormente, o sobrenome. Outros afirmam que o senhor da quinta era, na verdade, era o pai de D. Soeiro, D. Egas Lourenço.

Já outros estudiosos apontam que D. Soeiro Viegas passou a ser chamado de coelho porque, durante a guerra contra os mouros, se movia sorrateiramente. Nas palavras do historiador Diogo das Chagas, ele agia “por minas por debaixo do chão a buscá-los e pelejar com eles e assim disseram a el-rei gabando seus feitos e assaltos, que minava por baixo do chão como coelho”. O apelido depois teria virado sobrenome e passado de geração a geração.

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Quanto aos Proença, a origem mais provável é a geográfica, sendo o sobrenome originado das freguesias portuguesas de Proença-a-Nova e Proença-a-Velha. Contudo, há registro de que o sobrenome também foi adotado por judeus, desde o batismo forçado à religião Cristã, a partir de 1497.

O sobrenome no Brasil

Especula-se que, para poder embarcar para o Brasil fugindo das perseguições da Inquisição, membros da família cristã nova Cohen teriam adotado o sobrenome Coelho. Contudo, não se pode generalizar, pois por se tratar de um sobrenome antigo, diversos ramos já existiam no período colonial, alguns até mesmo oriundos da união de cristãos e judeus. O mesmo se dá com o sobrenome Proença.

No Brasil, por exemplo, não se pode afirmar que todos os atuais cidadãos com sobrenome Coelho descendam de um mesmo ramo, mas é possível rastrear a origem de muitos, como o caso específico daqueles que povoaram o Sudeste e o Sul do país. Grande parte dos ramos mais antigos daquela parte do Brasil descende de Francisco Vaz Coelho, um dos fundadores da atual cidade paulista de Mogi das Cruzes.

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Nascido em 1569 em Portugal, Francisco Vaz Coelho era sefardita. A informação sobre sua origem judaica vem do historiador José Gonçalves Salvador, que cita em seu livro “Vozes da história” a ata de uma reunião de vereadores paulistanos realizada em 1622 na qual foi registrado que o mercador Gaspar Gomes citou de memória o nome de três moradores que pagaram a finta, tributo cobrado, desde 1606, “da gente da nação hebreia”: Rodrigo Fernandes, Tomaz Freire e Francisco Vaz Coelho.

Pessoa influente no planalto da Piratininga, Francisco Vaz Coelho viria a se casar com Isabel de Almeida de Proença, também descendente de judeus, com quem deixou diversos herdeiros que povoaram todo o interior paulista e, a partir de seu trisneto, Francisco de Anhaya de Almeida (que ainda trazia o sobrenome de seu genro, Paulo de Anhaya), suas sementes chegam ao atual estado do Paraná, a partir de Curitiba, no final do século XVII, estando presente em diversos ramos das famílias Abreu, Brito, Chaves, Colasso, Cruz, Delgado, Domingues, Faria, França, Godoi, Leme, Lezan, Marafigo, Nunes, Proença, Rodrigues, Sampaio, Siqueira, dentre outras.

Importante lembrar: Os sobrenomes são indícios, mas não determinam se você é ou não descendente de judeus sefarditas. Para comprovar esse vínculo, é realmente necessário um estudo genealógico.